Autor: Marcus Sedgwick 

Editora: Galera Record
Número de Páginas: 254

      Sabe quando um livro entra na sua lista de desejados apenas pela capa? Essa foi minha relação com este livro. Ganhei de aniversário de uma amiga e fiquei super feliz, não por conta do livro em si, mas por ter uma "capinha bonitinha" na estante, Mal sabia eu a grande historia que estava perdendo.
      Laureth uma garota cega de 16 anos, certo dia ela recebe um e-mail inesperado de um homem, no qual o tal homem revela que encontrou o caderno pessoal de seu pai em Nova York. A história vai desenrolar-se a partir deste ponto. Para entendermos a razão disto devemos saber o que houve antes disso. 
      O pai de Laureth é um escritor conhecido mundialmente, de uns tempos para cá ele está um tanto "obcecado" no trabalho que resultará em seu novo livro no qual o mesmo retratará  as coincidências. Seu pai muito esperto paga a filha para responder os recados eletrônicos que recebe de fãs e admiradores. Era um dia normal, até que a garota cega recebe um e-mail de um homem que relata ter encontrado o caderno de seu pai. De cara ela pensa que aquilo é uma brincadeira, a garota questiona-se o que seu pai faria tão longe de casa? Ela conversa com sua mãe, a mulher diz para que a filha não se preocupe, pois seu pai já era bem grandinho. A garota inconformada com a resposta de sua mãe, decide desbravar o outro lado do mundo a procura do seu pai. Mas como poderia uma garota cega encontrar uma pessoa entre milhares? 
      Laureth pensou sobre isso e convenceu seu irmão Benjamin de apenas 7 ano a realizar esta loucura. O garotinho inocente leva tudo isso na brincadeira. Entrar no avião e sair da cidade era a parte fácil, difícil seria chegar em Nova York e encontrar seu pai. A jornada dos     irmãos existem vários obstáculos, juntos ambos exploram a cidade  passando por algumas enrascadas no caminho. 
      Sabe quando você pensa que já sabe todo o final do livro, mesmo estando na metade? Eu estava convencido disso, tanto que teve um momento que pensei até em parar de lê-lo. Quando me deparei com este final tive vontade de fechar o livro e aplaudir, o livro é realmente surpreendente e envolvente. Um fato curioso é que no decorrer de suas páginas nós somos apresentados ao trabalho do pai de Laureth sobre coincidências, melhor falando, ao seu manuscrito,o mesmo fala sobre homens que assim como ele buscavam uma explicação para as coincidências da vida. 
      Para algumas pessoas, assim como eu, que nunca tinha tido contado com o assunto retratado no livro do pai da garota, o livro de Sedgwick  é uma ótima fonte de conteúdo. As palavras utilizadas pelo autor são de fácil compreensão, por mais que tenhamos palavras fáceis somos apresentados a um vocabulário bastante rico. 
Imagem Ilustrativa. Tumblr.
      Ela não é invisível me trouxe a um mundo completamente novo, um mundo onde não vemos as coisas com os olhos, mas sim com os outros sentidos do corpo. Como nossa protagonista é cega, ela nos ensina a ver o mundo de outra forma, uma forma sem cores e sem formatos, ela nos mostra que não é preciso ter olhos sadios para poder enxergar. Dentro dessa história muito bem humorada e ao mesmo tempo surpreendente e comovente, tem-se uma lição de vida belíssima, onde vemos a garota incapacitada de enxergar derrubar barreiras e enfrentar situações que pessoas com dois olhos não seriam capazes! 
      O mistério contido na narração de Sedgwick, é ao mesmo tempo envolvente e tocante. Eu particularmente amei o livro, foi a minha primeira leitura do ano e de cara já foram cinco estrelas e favoritado!

Citações:

"Mas acontece que nunca se sabe o que é ou não verdade, o que pode ou não ser impossível, que que se faça uma tentativa". Pág. 37
"Porque, sim,eu estava com medo. Sinto medo quase o tempo todo. Mas nunca admito isso para ninguém. Não suporto admitir. Tenho que continuar fingindo que sou confiante, porque se não fizer isso, se ficar na minha me torno invisível." Pág. 169  
 "Talvez aconteça com você. Algo tão estranho que o faça refletir. Tão estranho quanto você pegar um livro, talvez até este mesmo que está nas suas mãos agora." Pág.251


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